quarta-feira, 21 de março de 2012

Somos todos diferentes!


Dia Internacional da Síndrome de Down é comemorado no dia 21 de março. Por que 21 de março?
 
"O dia foi escolhido pela organização Síndrome de Down Internacional, (http://www.worlddow nsyndromeday. org/), em alusão aos três cromossomos no par de número 21, que as pessoas com síndrome de Down possuem. Daí o dia 21/3.

A Síndrome de Down é um evento genético natural e universal, estando presente em todas as raças e classes sociais. É a ocorrência genética mais comum, sendo registrada aproximadamente em 1 de cada 700 nascimentos. Não é uma doença e, portanto, as pessoas com Síndrome de Down não são doentes. Não é correto dizer que uma pessoa sofre de, é vítima de, padece ou é acometida por síndrome de Down. O correto seria dizer que a pessoa tem ou nasceu com síndrome de Down. A síndrome de Down também não é contagiosa. Por motivos ainda desconhecidos, durante o desenvolvimento das células do embrião são formados 47 cromossomos no lugar dos 46 que se formam normalmente. O material genético em excesso altera o desenvolvimento regular da criança. Este material extra se encontra localizado no par de cromossomos 21, daí o outro nome pelo qual é conhecida, Trissomia do 21". (Texto baseado nas informações do site www.planetaeducacao.com.br)

Ainda me lembro que meu médico parecia bem sério naquela consulta de pré Natal.
Dr. Spina sempre foi muito carinhoso, atencioso, daqueles médicos que a gente conversa como se fosse alguem da familia.
Com todo cuidado ele nos explicou a respeito do ultrassom que se faz entre as semanas 10 e 14 de gravidez, onde se mede a translucência nucal, conseguindo-se então verificar se o bebê possui alguma anomalia ou a Síndrome de Down. Disse-nos que, se a medida fosse abaixo do normal no ultrassom, poderíamos fazer outros exames para confirmar a presença da síndrome e até interrompermos a gravidez , em torno de 20 semanas.

Confesso que fiquei apavorada. Primeiro filho, 35 anos, amniocentese, Síndrome de Down, aborto?  Isso ficou rodando na minha cabeça por uma semana, até o momento do ultrassom.
O fato é que busquei varias informações durante esse período e percebi que não conhecia quase nada a respeito. E que a única coisa que eu já sabia, com toda certeza, é de que jamais faria um aborto se descobrisse que meu filho teria a síndrome. 

A incrível coinscidência é que justamente hoje, no dia em que se comemora o Dia Internacional da Síndrome de Down fiz o tal ultrassom novamente, agora na nossa segunda gravidez. E sabe que nem pensei a respeito, não me preocupei como na primeira gravidez?
 
Acho que quando já temos um filho nos tornamos mais preparados para o mundo, de forma geral. Aprendemos que há um amor incondicional que nada e ninguém poderá abalar. Não há síndrome, não há limitações, não há doença que faça o seu amor ser diferente pelo seu filho. 

Mas ainda precisamos sim lutar e fazer muito barulho pela inclusão, pelo direito de todas as crianças poderem ter uma vida "normal", independente de suas condições físicas, motoras, mentais, sociais, intelectuais.
Direito à educação, direito aos amigos, à convivência pacífica e respeitosa da sociedade já que, essa sim, está cada dia mais doente.

Um grande abraço a todos os pais que cuidam e lutam pelos seus filhos, com ou sem Síndrome de Down. Afinal, somos mesmo todos muito diferentes e isso é o que fascina nesse Universo tão lindo que o Criador fez pra nós.

Bjs,



11 comentários:

  1. Lindo texto, amiga!

    Quando fiz a translucência nucal e deu perfeita o médico ainda disse que como o pai da cça é negro poderia não apresentar anormalidade, pq é mais difícil ver negros com down e detectar down em alguns momentos com a translucência nucal.
    A amnioncentese decartei na hora mesmo e achei um absurdo a forma como a médica encarou minha rejeição ao exame.
    Coisas que acontecem, né?
    As crianças com síndrome de down receberam o nome de especiais merecidamente, pq elas são tão cheias de amor, com aqueles olhos felizes, que é impossível não amá-las. Todo tipo de preconceito deve ser lançado por terra, mas é difícil quando a gente se depara com alguns adultos amargos pelo caminho.

    Beijos
    pri

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  2. Lindo post amiga!Emocionei...
    Tenho uma priminha linda,e ela tem down...foi como comentei a pouco no face,pra mim os downs a única coisa que os diferencia de nós é que eles tem uma maneira linda de ver o mundo,eles são puros.Coisa que nós não somos!
    Viva os downs!
    E que os pais dessas crianças lutem para que elas possam viver como iguais nesse mundo!
    Beijos querida!

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  3. Lindo post! O meu ultrassom e indicativos em outro exame que lembro deram uma variável. Eu tenho histórico de perda na família e a médica anos antes tinha diagnosticado que seria improvável eu engravidar. Qud ela falou da amniocentese, logo explicou o risco, talvez por saber o quanto eu queria aquele bebê.
    COnversei muito com meu marido e com ela e optei por não fazer o exame. Assim como vc, não tiraria o bebê. Claro que me preocupei com o assunto durante um tempo, mas ao longo da gravidez até esqueci...filhão tá aqui, sem síndrome.
    Ele convive com duas crianças com Down na escola, lindas, espertas e todos interagem normalmente

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  4. Oi, Bia!
    Aprecio seu relato e a sua ideia sobre filhos.
    Vejo muitas mães abortando filhos que o médico "acha" que tem síndrome de Down, sem sequer ter certeza de que tem mesmo.
    Se todas pensassem como você, o mundo seria um lugar bem melhor!
    Beijo!

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  5. Olha, sou a favor do aborto, mas acho um ABSURDO TOTAL uma mãe que está numa gravidez desejada abortar porque descobriu a possibilidade do filho ter Síndrome de Down. Muitas vezes é por ignorância, o que também não justifica, pois a informação está aí disponível a quem quiser encontrá-la. Uma criança com Down, se bem encaminhada, com tratamento médico e pedagógico adequado, consegue ter uma vida normal e conviver normalmente com todos, sem nenhum problema, além de não apresentar problemas de saúde, na maior parte das vezes. É uma criança normal, no fim das contas.

    Às vezes ainda, a essa altura da vida, me assusto com a cabeça das pessoas...

    Parabéns pelo post, um relato que deve ser espalhado, para acabar de vez com a ignorância e o preconceito.

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  6. Acho completamente absurda a idéia de nos dias de hj, anda se cogitar a possibilidade de abortar um bebê com SD, ainda mais com 20 semanas!!! Absurdo é pouco, é lamentável, desumano! como se SD fosse doença, coisa que não é!

    No mais, que post lindo Bia! Realmente depois que vivemos a plenitude da maternidade, começamos a ver muitas coisas com outros olhos. Ainda bem!

    Grande beijo! =)

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  7. Custo imaginar que alguém tenha coragem de abortar um filho só pq existe a possibilidade de ele não ser "normal".
    Pessoas com SD são lindas, carismáticas, amorosas, puras e como disse a Priscila é impossível não amá-las.
    Beijão querida!!!

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  8. Oi Amiga!
    Como eu já te contei antes, trabalhei por um tempo com crianças com Down, Autismo e outras síndromes, e te digo pela experiência da convivência: são crianças que tem muito mais a ensinar do que a aprender! Eu nunca me preocupei em ter ou não um filho assim, sempre deixei nas mãos de Deus. Te digo que aqueles que tem a síndrome são super carinhosos e capazes de fazer qualquer coisa.
    E me conta, como foi a US? Tá grande o bebezuco? O que será hein? Que curiosidade!
    beijos!

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  9. linda amiga!

    vc conhece mi nha história e não tenho palavras pra expressar o grande amor de uma mãe por um filho especial...e acredito que Deus Dá filhos especiais para pais especiais.
    grande bjks
    Dani

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  10. Ainda temos tanto a aprender. Conheci várias pessoas com SD. São carinhosos, meigos e tem sim seu próprio ritmo, o que levou a muitos por muito tempo a definir SD como doença. Vejo que hj isso é diferente, e que bom pra todos nós. Como ansiamos por um mundo sem preconceito, né? Tão dificil...bjs

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  11. Oi amiga..lindo post.Gozado,a gente se conheceu atraves da net,mas ainda n tinhamos ido nos blogs uma da outra..kkkk.Tava parada a meses, e hj retomei o meu.Adorei seu cantinho,viu..epsero agora voltar a poder visitar todos os blogs amigos,e vou estar sempre por aqui..Beijos! ;) ( sou a Ana China do face)

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