Dia Internacional da Síndrome de Down é comemorado no dia 21 de março. Por que 21 de março?
"O dia foi escolhido pela organização Síndrome de Down Internacional, (http://www.worlddow nsyndromeday. org/), em alusão aos três cromossomos no par de número 21, que as pessoas com síndrome de Down possuem. Daí o dia 21/3.
A Síndrome de Down é um evento genético natural e universal, estando presente em todas as raças e classes sociais. É a ocorrência genética mais comum, sendo registrada aproximadamente em 1 de cada 700 nascimentos. Não é uma doença e, portanto, as pessoas com Síndrome de Down não são doentes. Não é correto dizer que uma pessoa sofre de, é vítima de, padece ou é acometida por síndrome de Down. O correto seria dizer que a pessoa tem ou nasceu com síndrome de Down. A síndrome de Down também não é contagiosa. Por motivos ainda desconhecidos, durante o desenvolvimento das células do embrião são formados 47 cromossomos no lugar dos 46 que se formam normalmente. O material genético em excesso altera o desenvolvimento regular da criança. Este material extra se encontra localizado no par de cromossomos 21, daí o outro nome pelo qual é conhecida, Trissomia do 21". (Texto baseado nas informações do site www.planetaeducacao.com.br)
Ainda me lembro que meu médico parecia bem sério naquela consulta de pré Natal.
Dr. Spina sempre foi muito carinhoso, atencioso, daqueles médicos que a gente conversa como se fosse alguem da familia.
Com todo cuidado ele nos explicou a respeito do ultrassom que se faz entre as semanas 10 e 14 de gravidez, onde se mede a translucência nucal, conseguindo-se então verificar se o bebê possui alguma anomalia ou a Síndrome de Down. Disse-nos que, se a medida fosse abaixo do normal no ultrassom, poderíamos fazer outros exames para confirmar a presença da síndrome e até interrompermos a gravidez , em torno de 20 semanas.
Confesso que fiquei apavorada. Primeiro filho, 35 anos, amniocentese, Síndrome de Down, aborto? Isso ficou rodando na minha cabeça por uma semana, até o momento do ultrassom.
O fato é que busquei varias informações durante esse período e percebi que não conhecia quase nada a respeito. E que a única coisa que eu já sabia, com toda certeza, é de que jamais faria um aborto se descobrisse que meu filho teria a síndrome.
A incrível coinscidência é que justamente hoje, no dia em que se comemora o Dia Internacional da Síndrome de Down fiz o tal ultrassom novamente, agora na nossa segunda gravidez. E sabe que nem pensei a respeito, não me preocupei como na primeira gravidez?
Acho que quando já temos um filho nos tornamos mais preparados para o mundo, de forma geral. Aprendemos que há um amor incondicional que nada e ninguém poderá abalar. Não há síndrome, não há limitações, não há doença que faça o seu amor ser diferente pelo seu filho.
Mas ainda precisamos sim lutar e fazer muito barulho pela inclusão, pelo direito de todas as crianças poderem ter uma vida "normal", independente de suas condições físicas, motoras, mentais, sociais, intelectuais.
Direito à educação, direito aos amigos, à convivência pacífica e respeitosa da sociedade já que, essa sim, está cada dia mais doente.
Um grande abraço a todos os pais que cuidam e lutam pelos seus filhos, com ou sem Síndrome de Down. Afinal, somos mesmo todos muito diferentes e isso é o que fascina nesse Universo tão lindo que o Criador fez pra nós.
Bjs,